Renovação do ar
A
renovação do ar é fundamental e deve ser realizada.
Um Pouco
de História:
Com a
evolução dos edifícios apartir da Década de 70 com a crise do petróleo, impôs
um novo desafio, o da economia de energia. Com a alta dos preços dos combustíveis,
houve uma tendência mundial em conservar energia, resultando em edifícios com poucas
aberturas para ventilação.
Então Além
dos edifícios se tornarem cada vez mais fechados, seu grau de automatização
também aumentou. Sua dependência de controles computadorizados, sistemas
forçados de ventilação, sistemas de ar condicionado, dentre outros, foi
crescendo. Sistemas de ventilação tornaram-se mais sofisticados. Reduções nos
gastos de energia foram possíveis pelo emprego de computadores para variar as
quantidades de ar introduzidas no edifício, baseadas unicamente em requisitos
de carga térmica nos espaços ocupados.
O único
critério utilizado, no que diz respeito ao ar interior, foi a temperatura e
a umidade.
Outros
parâmetros envolvendo a qualidade do ar utilizado dentro dos edifícios foram
ignorados.
Se, por um
lado, houve uma preocupação crescente com a economia de energia, por outro, a qualidade
do ar interno (IAQ) foi deixada de lado.
O resultado disso é que as concentrações médias dos vários
poluentes no ar interno aumentaram substancialmente.
Hoje,
sabemos que uma série de poluentes - dentre eles, monóxido de carbono, dióxido
de carbono (CO2), amônia, óxido de enxofre e nitrogênio - são produzidos dentro
do edifício por materiais de construção baseados em solventes orgânicos, por
materiais de limpeza, mofo, bolor, metabolismo humano e também pelas próprias
atividades do homem, como cozinhar ou lavar e secar roupas. Tais poluentes
comprometem a saúde e o rendimento do trabalho dos usuários.
Por
exemplo, o dióxido de carbono pode se acumular em algumas partes do
edifício,
caso quantidades insuficientes de ar forem introduzidas e misturadas dentro do mesmo.
O CO2 é apenas um de
muitos poluentes gasosos que, isoladamente ou em
combinação
entre si, podem provocar efeitos adversos à saúde, como dor de cabeça, mal
estar, tontura e até problemas de pele, conforme EPA (1991).
Dor de
cabeça e sonolência são sintomas típicos de quem passa muito tempo num
ambiente com falta de oxigênio. Isso acontece em função do ar ser
respirado por muitas pessoas ao mesmo tempo numa sala fechada, liberando
excessivamente gás carbônico. Além dos sintomas do desconforto, esta prática,
pode disseminar vírus e bactérias que estão presentes no ambiente.
O monóxido
de carbono possui uma afinidade química com a hemoglobina cerca de 250
vezes
maior que o oxigênio, conforme HANSEN (1991).
Quando a
carboxihemoglobina (COHb) é formada, a
capacidade que os glóbulos vermelhos possuem de transportar oxigênio aos
tecidos é reduzida. As células privadas de oxigênio morrem por inanição.
Portanto,
o CO age como um agente asfixiante.
As partes
do corpo que mais necessitam de oxigênio, tais como o cérebro e o coração, são
as mais profundamente afetadas.
Se o ar
condicionado estiver num ambiente doméstico o ar é facilmente renovado,
seja por uma porta aberta, ou pelo trânsito de pessoas. Mas numa sala de
trabalho, o mesmo não ocorre, pois os profissionais, geralmente, permanecem
maior tempo no ambiente, saturando o ar.
A Norma
Brasileira 16401 define e organiza alguns parâmetros acerca dos projetos
para sistemas de ar condicionado centrais e unitários.
Parte 1
– Projeto das Instalações: que define metodologias de cálculo de carga
térmica, parâmetros de dimensionamento de tubulações e dutos, aspectos
construtivos de dutos, tabelas de dissipação de calor de equipamentos e
pessoas.
Parte 2
– Parâmetros de Conforto Térmico: esta etapa implica na especificação
dos parâmetros do ambiente interno que trata da satisfação térmica média de 80%
das pessoas em relação ao conforto térmico em áreas providas de ar
condicionado.
Parte 3
– Qualidade do Ar Interior: especifica os parâmetros básicos para se
obter uma qualidade do ar interior em um ambiente climatizado. O conteúdo desta
parte da norma apresenta as vazões mínimas de ar exterior para ventilação, os
níveis mínimos de filtragem de ar e os requisitos técnicos dos sistemas e
componentes de um sistema de climatização para garantir a qualidade do ar.
A Taxa
de Renovação do Ar adequada de ambientes climatizados será, no mínimo, de:
27 m3/hora/pessoa,
Exceto no caso específico de
ambientes com alta rotatividade de pessoas. Nestes casos a Taxa de Renovação do
Ar mínima será de:
17 m3/hora/pessoa,
Não sendo admitido em qualquer situação que os
ambientes possuam uma concentração de CO2,
Acima de
1000ppm.
Agora
Sabemos o quão necessária é a Renovação de Ar para os ambientes climatizados.
Para
Evitar o acumulo de CO2 em Ambientes internos Condicionados deve-se realizar a
renovação de Ar. Através de mecanismos de ventilação forçada e captação com o
nível de filtragem adequado.
Exemplo
de Renovação de Ar – Insuflamento de Ar externo em Ambientes.
Qualidade do AR de interiores:
(QAI)
- Temperatura
- Umidade
- Filtragem
- Renovação
de Ar – Controle do Nível de contaminantes químicos (CO2)
- Remoção
de Sujidades – Ar condicionado Limpo periodicamente.
Qual a Qualidade do Ar que Você
Respira ????
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